Os 46 dias de greve no Jornal do Comércio em 1974

Autores

  • Pedro Marques Gomes Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Comunicação Social Universidade Lusófona. NOVA-FCSH, HTC — História, Territórios e Comunidades https://orcid.org/0000-0002-3189-3388

Resumo

Derrubada a ditadura a 25 de abril de 1974, assiste-se a uma vaga de purgas políticas que atravessam praticamente todos os órgãos de informação, exigindo-se a demissão de administrações e direções conotadas com o anterior regime. No Jornal do Comércio os trabalhadores opõem-se, precisamente por esse motivo, à permanência do diretor, além de avançarem com várias outras reivindicações do foro laboral. Para atingirem os seus objetivos, vão enfrentar a administração, que recusa ceder às exig.ncias que lhe são apresentadas. Decidem avançar com uma greve, que vai durar 46 dias e que será muitíssimo mediatizada. Este estudo procura acompanhar este processo de confronto entre trabalhadores e administração, ocorrido no Jornal do Comércio em agosto de 1974, analisando os seus principais contornos e tomadas de posição para, assim, contribuir para um melhor conhecimento sobre a história da imprensa durante a revolução (1974-1975), bem como acentuar a relevãncia do setor da informação nas lutas políticas e sociais que então ocorreram.

Palavras-chave: Jornal do Comércio; imprensa; greve; revolução portuguesa de 1974-1975

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Publicado

2022-09-29

Como Citar

Gomes, P. M. (2022). Os 46 dias de greve no Jornal do Comércio em 1974. Livros ICNOVA. Obtido de https://colecaoicnova.fcsh.unl.pt/index.php/icnova/article/view/130